Quando a Vertiv avaliou as indústrias mais críticas do mundo, as distribuidoras de energia se classificaram em primeiro lugar.
Isto não deve ser uma surpresa para os profissionais de data center que instalam arquiteturas elétricas de alta disponibilidade para proteger seus equipamentos da menor interrupção possível no fornecimento de energia. Apesar dos avanços em energia renovável e geração on-site, muitos data centers ainda são dependentes da eletricidade fornecida pela distribuidora.
E o mundo cada dia mais depende dos data center —Serviços de Nuvem e Colocação são o quinto negócio mais crític em nosso relatório—e certamente não estão sozinhos em sua dependência da distribuidora. Praticamente todas as indústrias que analisamos, de serviços financeiros a transporte de massa emanufatura, estariam paralisadas por uma falta de energia prolongada. Não somente dependemos diretamente das distribuidoras de energia em nossas casas e locais de trabalho, mas mais e mais os serviços que usamos diariamente no nosso crescente mundo digital dependem das distribuidoras de energia.
Essa dependência fundamental, e as consequências resultantes da falta de eletricidade, tornaram as distribuidoras de energia o claro líder em nossa classificação.
Ainda assim, como outras indústrias críticas, muitos de nós consideram que a disponibilidade de energia elétrica será sempre garantida. Poucos de vocês que leem este artigo em seus computadores acordaram hoje pela manhã curiosos se iriam ou não viver uma situação de falta de energia hoje.
Isso é impressionante quando você considera a complexidade da rede de distribuição de energia. Recentemente chamada de “a maior máquina interconectada da Terra” pela revista Scientific American, a rede de distribuição de energia dos Estados Unidos, de acordo com a revista, consiste em “mais de 7.000 usinas elétricas, 55.000 subestações, 257.000 quilômetros de linhas de transmissão de alta-voltagem e milhões de linhas de distribuição de baixa-voltagem. ”
Essa rede de sistemas físicos e digitais interdependentes deve trabalhar conjuntamente para suprir as demandas de energia, enquanto evolui para se adaptar às mudanças na tecnologia e das fontes de energia. Como qualquer gestor de data center que tentou modernizar dispositivos de legado, sabe que não é fácil implementar tecnologias, como a que a indústria de distribuição de energia está fazendo com a tecnologia de rede inteligente, sem causar interrupções nos serviços.
Ainda, como o Relatório Vertiv de Falta de Energia, uma compilação de relatórios públicos de falta de energia nos Estados Unidos mostra que a indústria foi bem-sucedida em antecipar esforços para modernizar a rede de distribuição. Embora não raro, muitas quedas de energia têm escopo limitado e muitas estão relacionadas com o clima.
Além da instalação da rede de distribuição inteligente, a indústria de distribuição está tendo que se adaptar às mudanças da origem dos combustíveis usados para criar energia, particularmente o gás natural e a energia renovável, a qual alguns acreditam que poderia, em última análise, comprometer a confiabilidade.
Mas enquanto a indústria parece estar gerenciando essa mudança com eficácia, outra ameaça potencialmente mais séria surge: segurança digital. Conforme a rede de distribuição se torna mais dependente dos computadores, também se torna mais vulnerável a ataques cibernéticos, como o bem-sucedido ataque a rede de distribuição de energia da Ucrânia em 2015. Como qualquer indústria que esteja conectando dispositivos em rede e se tornando mais digital, as distribuidoras de energia devem desenvolver planos para proteger suas redes contra uma ameaça imprevisível: terroristas cibernéticos.
A boa novidade é que a rede de distribuição hoje é a mais confiável que já existiu. A má notícia é, é virtualmente impossível de prevenir falhas isoladas em um sistema tão espalhado, complexo e exposto – e as ameaças surgem no horizonte.
Com tantas indústrias críticas dependendo da rede de energia, a necessidade de infraestrutura crítica para proteger os sistemas de serem afetados por quedas de energia se mantem crítico para nossa possibilidade de continuar a usar a tecnologia e melhorar como trabalhamos e vivemos.