Participarei de um painel chamado More Renewables Please: How Can the Industry Scale Use and Conquer Intermittency? (Por favor, Mais Energias Renováveis: Como a Indústria Pode Escalar o Uso e Conquistar a Intermitência?) que será transmitido no canal de Energia e Sustentabilidade da DCD em 27 de setembro de 2022. Neste painel, moderado pelo Stephen Worn da DCD, terei a companhia Mark Munroe, da Microsoft e Rajan Battish, Arquiteto da RSP.
Dizer que há muita coisa para ser coberta sobre esse assunto é subestimar a questão. As energias renováveis representam algo parecido com o Santo Graal para a indústria de data centers porque poderiam possibilitar aos operadores eliminar as emissões de Escopo 1 dos gases de efeito estufa dos geradores de backup e as emissões de Escopo 2 da energia derivada de carbono da rede elétrica.
Mas há a questão da intermitência mencionada no nome desse painel. Fontes renováveis, como energia solar e eólica, não são suficientemente previsíveis para atender aos requisitos de funcionamento contínuo dos data centers. Se você tem acompanhado essa questão, você provavelmente pode adivinhar para onde essa discussão está indo: as células a combustível para data centers são a chave para ajudar a indústria a aumentar seu uso de energias renováveis?
Como o hidrogênio líquido é produzido a partir de energias renováveis, células a combustível usando hidrogênio verde como sua fonte de combustível poderiam proporcionar uma solução para os data centers usarem energias renováveis sem comprometer a continuidade. Claro, esse caminho vem com seus próprios desafios, mas antes de entrarmos neles, espero que possamos falar um pouco sobre uma oportunidade mais imediata com o potencial de facilitar a troca para energias renováveis.
O Passo Anterior aos Data Centers Alimentados por Energias Renováveis
No tocante à redução das emissões de carbono, como a energia é gerada é apenas uma parte da equação. A outra parte é como ela é usada. Baixas taxas de utilização, em grande parte por causa da necessidade de redundância, têm sido comuns nos data centers por tanto tempo quanto consigo lembrar. As arquiteturas mais novas dos sistemas de energia estão aumentando a utilização em sistemas de energia centralizados e novos avanços nas arquiteturas de energia com base nos racks estão criando a mesma oportunidade no nível do rack.
Esses avanços estão sendo impulsionados pelas iniciativas OCP Open Rack e Open19. Em sua base, ambas arquiteturas usam uma prateleira para energia dando suporte aos “tijolos” de TI – módulos de computação, armazenamento e de rede – para minimizar as redundâncias de hardware que existe em servidores tradicionais ao mesmo tempo em que possibilitam padronização e flexibilidade.
Após muito desenvolvimento e muita colaboração em toda a indústria, elas estão agora amadurecendo e representam uma solução prática para operadores de data centers de hyperscale, colocation e empresariais para usar energia de forma mais eficiente e acelerar o time to market. A nova versão do padrão Open19, por exemplo, inclui um padrão de refrigeração líquida plugável que possibilita maior flexibilidade onde racks de alta densidade refrigerados a líquido são implementados, e uma solução de energia de 48V nativos para distribuição mais eficiente dentro do rack. Esses avanços aumentam a já superior eficiência dos racks de arquitetura aberta em comparação com os designs legados.
Essas arquiteturas eram vistas como revolucionárias por alguns quando foram primeiro lançadas, mas agora é claro que elas são mais evolucionárias do que revolucionárias. Elas tiram do design as ineficiências inerentes às arquiteturas legadas ao mesmo tempo em que aproveitam a infraestrutura existente da instalação. Alguns operadores implementaram backup por baterias dentro do rack, mas com as altas eficiências operacionais disponíveis nos atuais sistemas UPS de grande porte, uma estratégia centralizada de proteção de energia entrega mais eficiência.
Então, o que tudo isso tem a ver com energias renováveis? Primeiro, melhorar a eficiência e a utilização do data center reduz as emissões de carbono – e os custos com energia – à medida que as tecnologias de energia limpa amadurecem. Depois, reduz os custos de capital e operacionais associados à transição para energia limpa, tornando o próximo passo mais viável economicamente. Conforme a indústria se prepara para as energias renováveis, muitas vezes penso sobre o que um veterano da indústria de data centers que conheço há mais de vinte anos me disse: “Quero usar tão pouca energia quanto eu possa, e quero que cada watt que eu use seja tão eficiente quanto eu consiga fazer com que ele seja.” Assim é como a jornada da sustentabilidade inicia.
O Próximo Passo: Energias Renováveis Somadas a Células a Combustível de Hidrogênio (Células a Combustível para Data Centers)
Se você não tem acompanhado os desenvolvimentos nos mercados de célula a combustível e de hidrogênio, você ficará surpreso em quanto eles estão mudando e quão rapidamente eles estão mudando. Células a combustível tiveram seu preço dramaticamente reduzido e importantes investimentos públicos e privados estão sendo feitos na produção de hidrogênio verde. Essas tendências estão acelerando o cronograma para a comercialização de soluções de célula a combustível para o data center, o que nos dará muito para discutir no painel. Assista a transmissão para saber mais sobre:
- Como poderia ser uma solução de célula a combustível para data center
- Recursos de gerenciamento de energia ativados por células a combustível
- Custos do hidrogênio e requisitos para armazenagem
- O papel que a indústria de data centers pode desempenhar em uma economia de hidrogênio emergente
Sei que Rajan e Mark trarão valiosos insights e experiência nesses tópicos e estou animado por estar participando no painel com eles. Você pode se inscrever aqui para assistir a transmissão. Para mais informações sobre a estratégia da Vertiv para ESG, veja nosso Relatório de ESG.
